Todos os seres vivos, inclusive os humanos desenvolveram ritmos de expressão funcional para adaptar-se à alternância entre o dia (luz) e a noite (escuridão).
Auguste Rodin - Le Sommeil (1889-94).
O ciclo dia e noite associado a herança genética são os principais fatores que ajustam os nossos ritmos para funcionarem corretamente no período de 24 horas. O nosso relógio biológico é controlado por uma estrutura nervosa localizada no hipotálamo chamado de NUCLEO SUPRAQUIASMÁTICO que orienta todas as funções do organismo ditando os ritmos de acordo com duração do dia (níveis de luz) e da temperatura da pele.
As informações sobre os níveis de luz no ambiente chegam até este núcleo sinalizando o que está acontecendo fora do corpo e estabelecendo parâmetros que determinam nossas reações internas. Ao mesmo tempo, a glândula pineal responsável pela produção da melatonina aumenta ou diminui a sua produção em função dos dados de iluminação enviados por meio da retina. Quando a noite vai se aproximando, observamos uma elevação na produção da melatonina estabelecendo o ciclo vigília/sono que por consequência irá causar variações na temperatura do corpo e mudanças bioquímicas como por exemplo, a diminuição da disponibilidade de glicose e de colesterol.
A diminuição do tempo de sono já é considerada uma condição endêmica na sociedade moderna. O nosso ritmo de vida está cada vez mais acelerado, ligado ao trabalho e demasiadamente à internet, o que acarreta enormes dificuldades para a manutenção da saúde e recuperação da nossa capacidade física e mental. Estresse, descuido coma alimentação e o sedentarismo representam os principais fatores que prejudicam de forma incisiva a qualidade do sono e de vida. O resultado é o aumento alarmante de doenças cronico-degenerativas como a obesidade, cardiopatias, diabetes tipo 2, depressão, além do risco aumentado para acidentes de trânsito e de trabalho.
Poucas horas dormidas ou qualidade de sono ruim são responsáveis por graus variados de dificuldade de concentração, de aprendizado e lapsos de memória que ocorrem devido a deficiência da oxigenação do cérebro durante o sono.
Em média a perda de uma hora e meia de sono por noite pode reduzir a capacidade intelectual e o rendimento profissional em até 30%. O adulto com distúrbios do sono fatalmente é mais lento, menos produtivo, mal humorado e frequentemente apresenta sensação persistente de cansaço e indisposição.
SAIBA QUAIS SÃO OS ÓRGÃOS LESADOS DEVIDO A PRIVAÇÃO DO SONO.
1) CÉREBRO (memória): o acúmulo de radicais livres devido a falta de sono danifica células nervosas no hipocampo que reduz a capacidade de reter informações em longo prazo.
2) CORAÇÃO: devido a privação do sono, há um aumento da produção de proteínas típicas de uma inflamação aguda como a fibrinogenio e a proteína C reativa que estão associadas a um maior risco de problemas cardíacos.
3) FÍGADO: a privação do sono de forma crônica eleva o consumo de energia do organismo que gera um desgaste maior do fígado semelhante ao provocado pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
>>> Leia mais em Anatomia do Sono.
Referências:
1) Tópicos selecionados em Medicina do Sono - Rubens Reimão 2002.
2) Revista Ciência e Tecnologia no Brasil FAPESP 2005.
ITO Clínica - Ronco Apneia do Sono Reabilitação Oral
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