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sábado, 20 de fevereiro de 2016

COMO ASSIM? POUCO SONO, MAIS DOENÇAS!

Desde a era industrial as horas de sono diminuíram gradativamente ao passo que a obesidade e enfermidades cardiocirculatórias se consolidaram como problemas graves de saúde pública. 

A relação entre sono e doenças insuspeitadas anteriormente está cada vez mais evidente quando observamos o estilo de vida da nossa população, o descanso cada vez mais reduzido em detrimento do “alto rendimento profissional” e o apelo crescente pela internet. 

Será que é ilusão ou ainda há um alto grau de desinformação ao supormos que continuaremos a ter o mesmo desempenho nas nossas funções diurnas, uma vez que insistimos em ignorar a necessidade e a importância do sono em nossas vidas? 



Vejamos alguns detalhes a respeito desse assunto:


O sono é um processo dinâmico, vital para a saúde e depende do equilíbrio psíquico, neurológico e hormonal. A sua estrutura é composta de 5 fases: estágios 1, 2, 3 e 4 do sono de ondas lentas ou NREM (sem movimentos oculares rápidos) e sono REM (com movimentos oculares rápidos). 

Para considerarmos o sono reparador é preciso que, ao longo da noite, ocorra de quatro a seis passagens em cada uma dessas fases, sendo necessários cerca de 70 a 120 minutos para completar cada ciclo. 

O sono REM, conhecido também como a fase dos sonhos, é importante para o aprendizado, raciocínio, criatividade e sedimentação de conhecimentos adquiridos ao longo do dia. É fato que as pessoas necessitam de quantidades variáveis de horas de sono, porém o mais importante é a qualidade dessas horas dormidas e, consequentemente, se esse sono será capaz de restabelecer física e psiquicamente a pessoa para o dia seguinte. 

No processo respiratório normal durante o sono, os músculos da garganta a mantêm aberta para que o ar chegue até os pulmões e a homeostase seja mantida. Um evento de apneia obstrutiva ocorre quando, devido ao relaxamento muscular, a boca se abre e a língua desliza em direção a garganta impedindo a passagem de ar por períodos curtos de tempo. Essas interrupções repetitivas da respiração ao longo da noite fragmentam o sono, ou seja, não permite que a pessoa atinja o sono profundo e prejudica a oxigenação sanguínea dos tecidos do corpo. 

As repercussões clínicas podem ser objetivas e subjetivas e constituem um fator alarmante no desenvolvimento de problemas físicos, com aumento da pressão, arritmias e maior predisposição para infarto; psicossociais, por desajustes nos padrões emocionais, sexuais, trabalhistas e familiar, principalmente, entre os cônjuges. Trata-se de uma condição complexa que requer equipe multidisciplinar, tanto no diagnóstico, por meio de polissonografia, quanto no tratamento. 

Os sinais e sintomas mais frequentes da apneia do sono são ronco alto e intenso, sonolência excessiva durante o dia, sono agitado e deficits cognitivos (lapsos de memória, dificuldade de concentração e de raciocínio), além de irritabilidade persistente, cansaço crônico e mau humor. Vários fatores podem contribuir para o seu surgimento ou agravamento como a obesidade, predisposição genética, alterações anatômicas (queixo pequeno) e hormonais, idade, ansiedade e depressão.

A abordagem das pessoas com distúrbios do sono deve ser sempre multiprofissional devido às causas multifatorias desses distúrbios e aos benefícios que esta visão integrada traz ao paciente. O tratamento multidisciplinar pode envolver diversos profissionais da área de saúde como médicos, dentistas, fonoaudiólogos e psicoterapeutas. É definido especificamente em cada caso, na singularidade da pessoa e consiste na compreensão das escolhas diurnas da vida que perturbam o sono e o reconhecimento das consequências nocivas que o desgaste físico e psíquico pode provocar na superação das exigências do meio ambiente.

Referência: 



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

SE VOCÊ NÃO SE ADAPTOU AO CPAP, ENTÃO LEIA ISTO.

E agora?


Cerca de 60 milhões de brasileiros sofrem com a apneia do sono, o que provoca despertares repetidos e paradas na respiração durante o sono devido a obstrução da passagem de ar nas vias aéreas. Desde 1981, o tratamento padrão tem sido a pressão positiva contínua nas vias aéreas, conhecida por CPAP que por meio de uma máscara acoplada ao rosto, injeta ar pelo nariz para desobstruir a garganta.




O CPAP é eficiente no tratamento da apneia do sono, porém a máscara utilizada é o grande inconveniente por ser grande, volumosa e invasiva. Muitos pacientes se recusam a utilizá-la ou a retiram durante o sono devido ao incômodo e, principalmente, sensação de claustrobia que provoca. 

Estudos mostram que o CPAP é eficaz durante os exames em laboratórios do sono. Entretanto, quando as pessoas o levam para casa, as chance de abandono podem atingir 70% dos casos em um prazo de 1 a 3 semanas de uso.

Qual a opção de tratamento para as pessoas que não se adaptaram ao CPAP?
            
De acordo com estudos publicados, o aparelho de avanço mandibular é a forma de tratamento mais aceita pelas pessoas que sofrem de ronco e apneia do sono quando comparado a outras formas de tratamento. A eficácia dos aparelhos bucais foi exaustivamente testada e pode atingir 90% de resolutividade quando são indicados para tratamento do ronco primário, apneia leve e moderada. Para casos de apneia grave, os aparelhos bucais conseguem reduzir os índices de apneia em torno de 50% a 60%.

Atualmente, os aparelhos bucais de avanço mandibular representam uma forma valiosa de tratamento para distúrbios do sono por se mostrarem efetivos na melhora do índice de apneia e hipopneia (IAH), na sonolência diurna e no ruído do ronco. Além disso, são fáceis de se adaptar,  de transportar e não há necessidade de energia elétrica para seu funcionamento.

Aparelho ITO (INPI 2000). 

>>> Clique e saiba mais sobre a Polissonografia.

ITO Clínica Ronco Apneia do Sono Reabilitação Oral
Av. Nossa Senhora de Copacabana n. 583 sala 701 Copacabana - RJ.
Tel. (21) 2512 5151


Referências

ITO, F. A. et al. Condutas terapêuticas para tratamento da síndrome da resistência das vias aéreas superiores (SRVAS) e da síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) com enfoque no Aparelho Anti-Ronco (AAR-ITO). Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, v. 10, p. 143-156, 2005. 

AMERICAN ACADEMY OF SLEEP MEDICINE. International classification of sleep disorders, 2nd Edition: Diagnostic and coding manual. Westchester, IL: American Academy of Sleep Medicine, 2005.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

DORMIR BEM PARA MANTER O CÉREBRO LIMPO.

Uma série de mais de 2000 estudos descobriram que o sono é capaz de limpar o cérebro.

Foto: Ron Mueck

Em um desses estudos realizado com camundongos na Universidade de Rochester (EUA), descobriu que, durante o sono, o cérebro desses animais limpam as células danificadas e substâncias associadas com a neurodegeneração. O espaço entre as células do cérebro aumentou quando os ratos estavam inconscientes, permitindo que o cérebro liberasse as moléculas tóxicas que se acumularam durante as horas de vigília.

Se a pessoa não dorme o suficiente, o nosso cérebro não tem tempo hábil para limpar as toxinas, o que poderia acelerar doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Outros efeitos prejudiciais com relação ao sono de qualidade ruim envolvem processos mentais como o aprendizado, memória, capacidade de julgamento e resolução de problemas. As novas informações e conhecimentos adquiridos durante o dia  são processados durante o sono. o novo aprendizado e caminhos da memória são codificados no cérebro, e o sono adequado é necessário para tais caminhos funcionarem da melhor maneira possível.

Pessoas descansadas são mais capazes de aprender uma tarefa e têm uma probabilidade maior de se lembrar do que aprenderam. O declínio cognitivo que muitas vezes acompanha o envelhecimento pode, em parte, resultar de sono de má qualidade ao longo do tempo.


Com sono insuficiente, o raciocínio se torna lento, o que dificulta a concentração e aumenta a probabilidade de tomar decisões equivocadas e assim assumir riscos indevidos. Tais efeitos podem ser desastrosos ao dirigir um veículo ou operar uma máquina perigosa.

ITO Clínica - Ronco Apneia do Sono Reabilitação Oral
Novo endereço: Av. Nossa Senhora de Copacabana n. 583 sala 701.
Copacabana - RJ  CEP. 22.050-002
faustoito@gmail.com  
Tel. (21) 2512 5151