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terça-feira, 1 de maio de 2012

Apneia do Sono : Uma questão de Qualidade de Vida.



Dormir bem não significa apenas um descanso para mente e para o físico. Durante o sono o organismo sofre diversos processos metabólicos que quando alterados podem afetar o equilíbrio de todo o funcionamento do corpo humano.


Saiba diferenciar o Ronco da Apneia:

O Dr. Fausto Ito, membro da Associação Brasileira do Sono, explica que é importante diferenciar a apneia do sono do ronco. Segundo o especialista, o ronco é o primeiro sinal de alerta que o corpo emite diante de uma dificuldade respiratória que ocorre durante o sono. É caracterizado pelo ruído produzido pela vibração dos tecidos da garganta devido ao estreitamento do conduto faríngeo por onde passa o ar em direção aos pulmões.

“O ronco pode ser ocasionado pela posição da pessoa ao dormir, aumento de peso e por bebidas alcoólicas antes de dormir. Quem ronca, geralmente está com a boca aberta, o queixo deslocado para trás e a língua recuada em direção à garganta, estreitando a passagem de ar”, comenta.

Já a apneia do sono é considerada o estágio mais avançado em relação ao ronco. “Na apneia a passagem do ar na garganta está totalmente obstruída e, portanto, há interrupção da respiração. Cada episódio tem duração mínima de 10 segundos e, de acordo com a gravidade, pode chegar a um minuto e meio e ocorrer diversas vezes ao longo da noite. Esses episódios são capazes de fragmentar o sono e diminuir a oxigenação sanguínea dos tecidos do corpo”, explica Ito.

Paradas na respiração

O Dr. Ito explica que a apneia do sono pode ser classificada em leve, moderada ou grave, de acordo com a quantidade de paradas na respiração (as apneias) somada aos eventos de diminuição da oxigenação sanguínea (hipopneias) que ocorrem durante cada hora de sono. O especialista explica que há, então, a origem do Índice de Apneia e Hipopneia (IAH).

“Quando esse índice está entre 5 e 15 eventos/hora é considerado APNEIA LEVE; se estiver entre 15 e 30 eventos/hora é APNEIA MODERADA e, quando esse índice estiver acima de 30 eventos/hora é classificado como APNEIA GRAVE”, destaca.

Dificuldade de percepção do próprio sono

Os sintomas clínicos que melhor indicam a presença de apneia são o ronco, a sonolência excessiva ao longo do dia (SED) e os eventos de apneias observados por terceiros.

O Dr. Ito alerta que é muito importante a presença do (a) companheiro (a) durante a primeira consulta porque como a pessoa está dormindo (inconsciente) ela não saberá relatar com detalhes o que acontece durante o seu próprio sono. 

Outros sintomas que podem estar relacionados são o sono não reparador, a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu o suficiente, além das alterações cognitivas, como raciocínio lento, lapsos de memória e concentração, atenção diminuída, dor de cabeça pela manhã e alterações do humor.

O Dr. Ito explica que o diagnóstico é feito por meio de avaliação médica e exame do sono (polissonografia).

“Durante o exame, a pessoa é supervisionada por um técnico especializado. A pessoa dorme com sensores fixados ao corpo para monitorização de vários parâmetros durante todo o sono. A polissonografia possibilita classificar a apneia do sono pelo índice de apneia e hipopneias (IAH), a porcentagem de oxigênio que circula pelo corpo durante o sono, os microdespertares, as porcentagens de cada estágio do sono, registro do ronco em função da posição corporal, entre outros”, explica.

Tratamento

Segundo o especialista o tratamento para os distúrbios respiratórios do sono mais utilizados são e com comprovação científica são:
HIGIENE DO SONO: modificações no estilo de vida como suspensão do consumo de álcool, do tabagismo, emagrecimento e adequação do horários para dormir, acordar e se exercitar. Essas orientações servem para todos os casos independentemente da gravidade; 
O CPAP (máscara nasal) é um aparelho de pressão positiva contínua que leva à melhora dos sintomas. Os APARELHOS BUCAIS de avanço mandibular são indicados para ronco, apneia leve, moderada e casos de apeia grave quando a pessoa não consegue se adaptar ao CPAP. Para a indicação do tratamento cirúrgico, é necessária avaliação minuciosa para cada paciente, baseada na presença ou não de alterações anatômicas das vias aéreas, no grau de obesidade e na gravidade da apneia, explica.


* Mais informações: www.itoclinica.com.br


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