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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Revista PSIQUE - Distúrbios do Sono

De olhos bem abertos

Por: Thereza Cristina Ribeiro e Fausto Alves Ito.

Seria o fim do sono? O artigo publicado na Revista PSIQUE (Ano V, nº 51 abril/2010) explora a realidade contemporânea e a má qualidade do nosso descanso, essencial para o aprendizado, memória e sedimentação dos conhecimentos.

Desde a era industrial as horas de sono diminuíram gradativamente ao passo que a obesidade e enfermidades cardiocirculatórias se consolidaram como problemas graves de saúde pública. A relação entre sono e doenças insuspeitadas anteriormente está cada vez mais evidente quando observamos o estilo de vida da nossa população, o descanso cada vez mais reduzido em detrimento do “alto rendimento profissional” e o apelo crescente pela internet. Será que é ilusão ou ainda há um alto grau de desinformação ao supormos que continuaremos a ter o mesmo desempenho nas nossas funções diurnas, uma vez que insistimos em ignorar a necessidade e a importância do sono em nossas vidas?  

* À venda nas bancas (R$ 8,90). 


sábado, 17 de abril de 2010

Sono e Exercícios Físicos

Por Dr. Fausto Ito.

A atividade física é uma unanimidade na promoção de saúde e manutenção da qualidade de vida. O detalhe é que os exercícios físicos contribuem também para melhorar o padrão de sono e proteger o individuo contra os efeitos de sua privação.  
Movimentar o corpo contribui para que tenhamos a cobiçada noite de sono perfeita e, consequentemente, para acordarmos renovados, de alto astral e bem dispostos. Um dos responsáveis é a endorfina que devido ao seu efeito analgésico atenua as dores musculares. Além disso, relaxa o corpo e aumenta a sensação de prazer. Estudos comprovam que as pessoas que praticam esportes demoram menos tempo para adormecer, cerca de 7 minutos, quando comparadas com as que não se exercitam, 10 minutos.
Uma das principais funções do sono é recuperação física e mental do organismo. Quando os exercícios são praticados com regularidade, a qualidade do sono tende a melhorar, ou seja, fica menos fragmentado e ocorre o prolongamento das fases profundas. É durante essas fases do sono que a glândula hipófise, localizada no cérebro, produz o hormônio do crescimento (GH), que está envolvido na regeneração de ossos, músculos e funções cognitivas como memória, reflexos, raciocínio e concentração. Com cerca de 4 horas de sono tranquilo, o nosso organismo consegue recuperar 60% das energias.  
As noites de sono sem interrupções e com tempo adequado (média de 8 horas) deixam o corpo fisicamente preparado e com os reflexos aguçados. Para os atletas isso significa menor risco de lesões por fadiga muscular, melhora no desempenho e nos resultados. 
É importante ressaltar que a atividade seja moderada e regular. Esportes aeróbicos como a corrida ou natação, por exemplo, exigem mais do sistema cardiocirculatório. Quanto mais em forma a pessoa estiver, menores são as chances de ocorrer os roncos e as apneias que impossibilitam a recuperação completa do corpo durante a noite e provocam sonolência excessiva durante o dia. 
O alerta fica por conta dos exageros (overtraining) e das horas inadequadas para a prática dos esportes. Atividade física em excesso causa estresse muscular, pode provocar fraturas e por causa do ácido lático, dores fortes por todo o corpo. Esta última situação impede que a pessoa chegue às fases de sono profundo. Substâncias estimulantes como a adrenalina, também são produzidas durante os exercícios, por isso deve-se evitar a malhação por pelo menos 4 horas antes de dormir para não interferir no processo de início e manutenção do sono.
Referências:
  1. American College Sports Medicine. Prova de esforço e prescrição de exercício. Rio de Janeiro. Revinter, 1994.
  2. Guyton, A.C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
  3. Van Boxtel,M. P.; Paas, F. G.; Houx, P. J.; Adam, J.; Teeken, J. C.; Jolles, J. Aerobic capacity and cognitive performance in a cross-sectional aging study. Medicine Science Sports and Exercise, n. 29, v. 10, p. 1357-1365, 1997.   

quinta-feira, 8 de abril de 2010

As mulheres também roncam

O problema pode se agravar após a menopausa.
Por Andressa Monteiro - O Estado RJ.
monteiroac@hotmail.com

Não são apenas os homens que sofrem à noite. Roncar é um problema que muitas mulheres enfrentam na hora de dormir. Porém, o ruído não deve ser encarado como motivo de vergonha, mas sim como um sinal de cuidado. Elas podem desenvolver uma doença chamada apneia do sono que tem como principal sintoma o ronco.
Cerca de 50% da população brasileira ronca. A cada três homens, uma mulher sofre com o problema. A relação se iguala após a menopausa. Outro fator relevante para ambos os sexos é o queixo pequeno ou posicionado para trás, que anatomicamente deixa a passagem de ar mais estreita na região da garganta e favorece a ocorrência dos roncos e das apneias.
O especialista em distúrbios do sono, Dr. Fausto Ito, explica que as mulheres sentem constrangimento por incomodar o marido, amigos ou parentes, especialmente, durante férias ou viagens de trabalho. Além de ser um forte incômodo, o ronco é motivo de brigas constantes entre os casais e pode resultar até em divórcio.
Uma noite mal dormida causa mau humor, dores de cabeça, perda de memória e sonolência excessiva durante o dia, o que representa grande perigo, pois as chances da pessoa se envolver em acidentes de trânsito e de trabalho é maior. Com o passar do tempo, o sono fragmentado pode gerar alterações metabólicas como doenças cardíacas, obesidade, diabetes, queda da imunidade, impotência, câncer e derrame (AVC).
A estudante Viktoria Liebold, 21, tinha problemas ao dormir e antes de procurar um médico comprou um dilatador nasal vendido em farmácias. “Foi um desperdício de tempo e dinheiro, pois nada foi resolvido. O ideal é procurar um médico. Só ele indicará o tratamento certo para o seu caso.”, afirma Viktoria.
No caso de mulheres com mais de 40 anos ou em período de menopausa, há a perda de proteção hormonal que pode levar a apneia do sono ou ao ronco. Durante o período fértil as mulheres estão protegidas dos distúrbios respiratórios devido à presença da progesterona e do estradiol, porém sofrem de insônia devido a oscilação destes mesmos hormônios em função do ciclo menstrual.
Tudo dependerá de fatores genéticos, diferenças anatômicas e funcionais da faringe e a produção de hormônios. A mãe de Viktoria, Elizabeth Liebold, 52, também ronca. “Provavelmente por causa da idade e o aumento de peso, o meu ronco se tornou cada vez mais forte e frequente”, diz a professora.
Para o Dr. Fausto Ito, o importante é diagnosticar o problema por meio do exame do sono (polissonografia) e em seguida iniciar o tratamento. A forma de terapia mais aceita são os aparelhos bucais que provocam um leve avanço no queixo para evitar que a língua deslize em direção a garganta e obstrua a passagem do ar.

Há também os exercícios fonoaudiológicos, máscaras nasais, cirurgias ortognáticas (que deslocam a mandíbula para frente) e as de correção e desobstrução de nariz. Existem medidas comportamentais com o objetivo de modificar hábitos inadequados em relação ao sono e que podem ser utilizadas em conjunto com qualquer tipo de tratamento. Dependendo do caso, pode haver a necessidade da atuação destes profissionais simultaneamente.
* 10 dicas para uma boa noite de sono:
1. Colabore com o seu relógio biológico. Durma e acorde sempre no mesmo horário;
2. Emagreça. Porém, a atividade física deve ser evitada próximo ao horário de dormir;
3. Deixe o seu quarto escuro para favorecer o sono;
4. Evite o consumo de bebidas alcoólicas perto da hora de dormir;
5. Não leve preocupações para a cama. Isso causa ansiedade e afasta o sono;
6. Evite fumar. O cigarro provoca inflamação nos tecidos da faringe que dificulta a passagem do ar;
7. Evite bebidas estimulantes como café, energéticos e refrigerantes;
8. Procure fazer refeições leves na hora do jantar. Evite dormir de estômago cheio;
9. Não durma de barriga para cima. Nesta posição o ronco tende a ser mais intenso;
10. Evite remédios para dormir sem prescrição médica.

domingo, 4 de abril de 2010

Palestra: SONO E QUALIDADE DE VIDA - SPA Maria Bonita


                                          TRATANDO O RONCO E A APNEIA DO SONO

Palestrantes: Adriana Micarelli Figueiredo - Fonoaudióloga
                            Fausto Ito - Dentista.

  • Durante a palestra serão abordadas as causas dos distúrbios do sono, métodos de tratamento e dicas para evitar o ronco, as apneias e melhorar a qualidade de vida de quem sofre desses problemas.
Evento aberto ao público: GRATUITO.

Informações e inscrições: 2513-4050 / 2527-1744

Data: Quarta-feira, 07 de abril de 2010 às 19:30h.

Local: SPA Maria Bonita
Rua Prudente de Morais, 729 Ipanema - RJ.