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quinta-feira, 10 de março de 2011

A influência do esporte na qualidade do sono

Movimentar o corpo contribui para que tenhamos a cobiçada noite de sono perfeita e, consequentemente, para acordarmos renovados, de alto astral e bem dispostos.
Por: Dr. Fausto ITO. ]
Um dos responsáveis é a endorfina que devido ao seu efeito analgésico atenua as dores musculares. Além disso, relaxa o corpo e aumenta a sensação de prazer. Estudos comprovam que as pessoas que praticam esportes demoram menos tempo para adormecer, cerca de 7 minutos, quando comparadas com as que não se exercitam, 10 minutos.

Uma das principais funções do sono é recuperação física e mental do organismo. Quando os exercícios são praticados com regularidade, a qualidade do sono tende a melhorar, ou seja, fica menos fragmentado e ocorre o prolongamento das fases profundas (estágios 3 e 4 NREM e sono REM). Durante essas fases a glândula hipófise, localizada no cérebro, produz o hormônio do crescimento (GH), que está envolvido na regeneração de ossos, músculos e funções cognitivas como memória, reflexos, raciocínio e concentração. Com cerca de 4 horas de sono tranquilo, o nosso organismo consegue recuperar 60% das energias.

As noites de sono sem interrupções e com tempo adequado (média de 8 horas) deixam o corpo fisicamente preparado e com os reflexos aguçados. Para os atletas isso significa menor risco de lesões por fadiga muscular, melhora no desempenho e nos resultados. É importante ressaltar que a atividade seja moderada e regular. Esportes aeróbicos como a corrida ou natação, por exemplo, exigem mais do sistema cardiocirculatório. Quanto mais em forma a pessoa estiver, menores são as chances de ocorrer os roncos e as apneias que impossibilitam a recuperação completa do corpo durante a noite e provocam sonolência excessiva durante o dia.

O alerta fica por conta dos exageros (overtraining) e das horas inadequadas para a prática dos esportes. Atividade física em excesso causa estresse muscular, pode provocar fraturas e por causa do ácido lático, dores fortes por todo o corpo. Esta última situação impede que a pessoa chegue às fases de sono profundo. Substâncias estimulantes como a adrenalina, também são produzidas durante os exercícios, por isso deve-se evitar a malhação por pelo menos 4 horas antes de dormir para não interferir no processo de início e manutenção do sono.


Referências:

1. Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

2. Van Boxtel, M. P.; Paas, F. G.; Houx, P. J.; Adam, J.; Teeken, J. C.; Jolles, J. Aerobic capacity and cognitive performance in a cross-sectional aging study. Medicine Science Sports and Exercise, n. 29, v. 10, p. 1357-1365, 1997.

3. Ghorayeb, N.; Barros Neto, T. O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.

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