Por Pâmela Oliveira.
Rio - Em cada grupo de dez pessoas, três roncam. E quem pensa que o barulho é o pior malefício que o ronco pode causar está enganado. Além de incomodar e interromper o sono dos acompanhantes, o ronco pode prejudicar a capacidade de ereção. A notícia é preocupante, já que os homens são os principais roncadores: para cada três homens que roncam, uma mulher tem o mesmo problema, afirmam especialistas.
Quando a pessoa ronca, ela tem o sono fragmentado. E essa falta de sono contínuo provoca a diminuição da oxigenação do organismo. A longo prazo, essa fragmentação causa alterações metabólicas que levam a diminuição da produção de óxido nítrico, hormônio responsável pela ereção”, afirma Fausto Ito, membro da Associação Brasileira do Sono.
O ronco, diz o especialista em sono, é o primeiro sinal de que o organismo emite para alertar que existe alguma coisa errada. Se não tratado, ele pode evoluir ainda para a apneia do sono, que é uma parada respiratória que ocorre durante o sono. A apneia está relacionada com sérios problemas à saúde, como arritmias, pressão alta, infarto e derrame cerebral. “Pessoas com distúrbios do sono têm três vezes mais risco de sofrer infarto ou um acidente vascular cerebral”, alerta Ito.
Segundo ele, a posição de dormir pode ajudar a controlar o problema. “Dormir com a barriga para cima facilita o ronco porque a ação da gravidade empurra a língua na direção da garganta e obstrui a passagem de ar”, afirma, acrescentando que a obesidade é outro fator que propicia o ronco.
TRATAMENTO
O acúmulo de gordura na região do pescoço obstrui a passagem de ar e a pessoa ronca. Mulheres com a circunferência do pescoço maior do que 38 centímetros já têm predisposição ao ronco. Entre os homens o limite são 40 centímetros”, diz, acrescentando que beber piora o ronco porque relaxa a musculatura.
Existem várias formas de tratamento, como o emagrecimento, uso de aparelhos bucais, exercícios fonoaudiológicos para fortafelecer a musculatura da garganta e até cirurgia.
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