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domingo, 22 de novembro de 2009

Estresse e Distúrbios do Sono

O Grito - Edvard Munch (1893).

Por: Dr. Fausto Ito.

A palavra estresse foi definida inicialmente no século XIX, por engenheiros ingleses que utilizaram o termo para designar a tensão resultante de força aplicada a um corpo. Para a ciência da saúde, estresse é um mecanismo normal, adaptativo, necessário e benéfico para o ser humano cujos efeitos, tais como, aumento da pressão arterial, da frequência respiratória, dilatação da pupila, são adaptações úteis em momentos de perigo ou tensão.

Atualmente, o estresse é reconhecido como fator presente na origem de diversas doenças e em muitas causas de distúrbios do sono (insônia, bruxismo, ronco, apneias). Devido ao estresse o equilíbrio do corpo é rompido e cada órgão passa a trabalhar de forma descompassada começando a fase inicial do estresse.

Conforme citado, a resposta ao estresse é adequada diante de uma situação de perigo. Porém, se alguém experimenta uma resposta prolongada, aumenta as chances de contrair uma doença relacionada ao estresse. Em alguns casos, devido ao trabalho, estudos ou estilo de vida, a pessoa tende a dormir menos do que necessita. Por exemplo, "workaholics" e vestibulandos, cujas motivações são importantes para permanecerem acordados, terminam em exaustão, caracterizando o estresse. Outro exemplo, são os atletas e suas inevitáveis lesões por estresse.

O sono desempenha um papel fundamental para a reposição de energias, manutenção do equilíbrio metabólico e para o desenvolvimento físico e mental. Por outro lado, a privação do sono ou o sono de má qualidade, provoca uma série de alterações que prejudicam a capacidade de raciocínio e favorecem o desenvolvimento de infecções, obesidade, hipertensão e diabetes.

A fadiga e a sonolência excessiva durante o dia (SED) são os sintomas mais comuns causados pelo estresse e pelos distúrbios do sono. O estado de tensão prolongada provoca múltiplas alterações acarretando queda de desempenho no trabalho com graus variáveis de absenteísmo podendo iniciar uma série de distúrbios psicológicos, familiares, sociais além da queda na qualidade de vida.

Em um estudo realizado pela Universidade de Chicago (EUA) sobre a privação do sono, 11 pessoas com idade entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de 4 horas por noite durante 6 dias. Ao final do teste, os resultados demonstraram que o funcionamento do organismo delas era comparável ao de uma pessoa com mais de 60 anos e os níveis de insulina eram semelhantes ao de portadores de diabetes.

É necessário ressaltar o quanto algumas profissões são extremamente mais estressoras do que outras, por exemplo, crianças que são estimuladas a competitividade desde cedo, atletas de alta performance, profissionais de mercado financeiro, engenheiros, trabalhadores em turnos, médicos, caminhoneiros, entre outros.
* Se você tem a intenção de viver mais e com qualidade de vida, então comece dormindo bem, caso tenha dificuldades, procure orientação médica para diagnosticar o problema e não sofrer as consequências posteriormente.

Mais informações: www.itoclinica.com.br 
Tel. (21) 2512 5151


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