Quanto mais velho se fica, menos se
dorme e o inverso também é verdadeiro.
Um estudo publicado na revista Journal
of the American Medical Association, pesquisadores da Universidade de
Chicago relacionaram a quantidade e a qualidade do sono ao envelhecimento
masculino. Segundo a pesquisa, poucas horas de descanso noturno provocam queda
nas taxas do hormônio do crescimento (GH), cuja deficiência está
associada aos sintomas mais comuns do envelhecimento como o acúmulo de
tecido adiposo, flacidez muscular, fraqueza óssea e perda de libido e da
disposição.
Os pesquisadores acompanharam 149 voluntários homens durante 14 anos (de 1985 a 1999), com idade variando entre 16 e 83 anos. Ao cruzar os dados obtidos ao longo desse período, eles verificaram que a duração do sono profundo sobre o total de horas dormidas entre aqueles com mais de 35 anos equivalia a um quinto da quantidade registrada entre os jovens com menos de 25 anos.
Ao todo, o sono é dividido em cinco fases. A terceira e a quarta fases correspondem as etapas do sono profundo em que os batimentos cardíacos tornam-se mais lentos, a pressão arterial cai, os músculos relaxam completamente e o cérebro ordena que a hipófise (figura abaixo), glândula localizada próximo a base do crânio, produza o hormônio GH.
Durante uma noite bem dormida, ou seja, quando o sono é considerado reparador, ocorre cerca de 4 a 6 ciclos de sono em que essas todas as fases se repetem. Quando se dorme menos de 6 horas por noite ou o sono é fragmentado, o nosso organismo tem menos tempo de descanso e, consequentemente, menor produção de GH.
Como o sono interfere no processo de envelhecimento masculino?
O hormônio GH, cujo declínio está associado ao processo de envelhecimento, é secretado pela hipófise durante as fases profundas do sono. Entre os 25 e os 35 anos, a duração das fases profundas entre os homens cai drasticamente de 19% para 3,5% do tempo total de sono. A partir dos 35 anos, a secreção do hormônio GH é 75% menor do que na juventude.
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