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domingo, 30 de dezembro de 2012

Ronco forte aumenta as chances de câncer.


BBC BRASIL (Adaptado).
Pessoas que roncam muito e sofrem de graves distúrbios respiratórios durante o sono têm uma probabilidade quase cinco vezes maior de morrer de câncer, segundo uma pesquisa americana.
Cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison acreditam que a correlação pode ser explicada pelo suprimento inadequado de oxigênio durante a noite nos pacientes com o problema.
Testes de laboratório já haviam mostrado que a interrupção intermitente da respiração leva a um crescimento mais acelerado de tumores, já que a falta de oxigênio estimula o crescimento de vasos sanguíneos que nutrem os tumores.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 1.500 pacientes que participaram de um estudo sobre Distúrbios Respiratórios do Sono (DRS) ao longo de 22 anos.
A forma mais comum de DRS é a apneia obstrutiva do sono, na qual a respiração é bloqueada deixando a pessoa sem ar.
Isso provoca ronco e a interrupção do sono e o problema é geralmente associado a obesidade, diabetes, pressão alta, ataques cardíacos e derrames.
Os participantes do estudo passaram por testes a cada quatro anos que incluíam análises de sono (polissonografia) e da respiração.
RESULTADOS: A probabilidade de morte por câncer aumentava drasticamente de acordo com a gravidade do distúrbio. Enquanto pacientes com apneia leve tinham apenas 0,1 vez mais chance de morrer de câncer que aqueles que não sofrem com o problema, nos pacientes com uma forma moderada, a chance de morte por câncer dobrava. Já naqueles com apneia grave, o risco aumentava 4,8 vezes.
Classificação da apneia de acordo com o IAH - Índice de Apneia e Hipopneia por hora de sono:
LEVE - IAH entre 5 e 15 eventos/hora 
MODERADA - IAH entre 15 e 30 eventos/hora
GRAVE - IAH acima de 30 eventos/hora.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Perder peso é melhor forma de solucionar o ronco.

ANAHAD O'CONNOR
NEW YORK TIMES.

O ronco crônico pode ser mais do que simplesmente uma chateação barulhenta.
Até três quartos dos roncadores também sofrem de apneia do sono, que causa interrupções na respiração ao longo da noite. A apneia eleva o risco de doenças cardíacas, derrames e hipertensão.

Os que buscam por uma cura são frequentemente aconselhados a dormir de lado, e não de barriga para cima, de forma que a base da língua não se desloque para o fundo da garganta, estreitando as vias aéreas e obstruindo a respiração. Para algumas pessoas, porém, alterar a posição de dormir pode não fazer tanta diferença.

Pesquisadores afirmam haver dois tipos de roncadores: os que roncam apenas quando dormem de barriga para cima e os que roncam em qualquer posição.

Um estudo que examinou mais de 2.000 pacientes de apneia do sono, conduzido por pesquisadores de Israel, descobriu que 54% eram "posicionais" ou seja, roncavam apenas quando dormiam de costas. O restante era "não-posicional".

Outros estudos mostraram que o peso tem um papel importante. Num amplo estudo publicado em 1997, os pacientes que roncavam ou sofriam de anormalidades de respiração apenas quando dormiam de costas eram geralmente mais magros, enquanto seus equivalentes não-posicionais costumavam ser mais pesados. O grupo com sobrepeso, segundo os autores, demonstrava um sono pior e mais fadiga durante o dia.

Contudo, o estudo também descobriu que estes pacientes viram sua apneia melhorar quando perderam peso. Segundo a National Sleep Foundation  (EUA), para aqueles com sobrepeso, emagrecer geralmente é a melhor forma de curar a apneia do sono e acabar com os roncos de vez.

Concluindo: dormir de lado pode ajudar a diminuir os roncos, mas pessoas com sobrepeso não verão grande diferença se não emagrecerem.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SONO X MENOPAUSA


Por Leandro Meira - Yahoo! Contributor Network.

O período fértil protege as mulheres contra dos Distúrbios Respiratórios do Sono.

Não é segredo: a menopausa chega acompanhada de irritabilidade, insônia, ondas de calor, suor noturno, ansiedade, cansaço e diminuição da atenção e memória. Ah, e ronco também! Isso mesmo. A apneia (interrupção da respiração) e o ronco também podem ser alguns elementos da lista de características da fase em que a mulher deixa de produzir hormônios, geralmente entre os 45 e 55 anos. Durante o período fértil, a cada três homens, uma mulher sofre com o problema. Após a menopausa, essa relação se iguala: a cada homem, uma mulher também padece de alguma disfunção. 

De acordo com o membro da Associação Brasileira do Sono (ABS), doutor Fausto Ito, o período fértil protege as mulheres dos distúrbios respiratórios do sono (ronco e apneias). "Isso acontece devido à presença da progesterona e do estradiol, por exemplo, mas as mulheres sofrem mais de insônia devido à oscilação desses mesmos hormônios em função do ciclo menstrual. Quando os ovários entram em falência devido ao envelhecimento, as mulheres tendem a roncar tanto quanto os homens, principalmente se houver aumento de peso", relata.
A cura definitiva para o problema ainda não foi descoberta. Logo, o mais importante é buscar o diagnóstico assim que os primeiros sintomas aparecerem. O principal exame que deve ser feito é a polissonografia (PSG), para que, em seguida, se inicie o tratamento de acordo com a necessidade de cada caso. Já existem terapias para melhorar a respiração durante o sono e devolver a qualidade de vida às pessoas que padecem desses distúrbios.
Riscos
Vale lembrar que o ronco é o primeiro sinal de alerta que o corpo emite para avisar que alguma coisa errada está acontecendo com a respiração durante o sono. O problema começa a piorar quando esses ruídos estão intercalados pelas apneias. "Essas paradas respiratórias repetitivas ao longo da noite diminuem a oxigenação do organismo, fragmentam o sono e, por causa disso, impedem que pessoa atinja os estágios profundos do sono", destaca Ito.
Os sintomas imediatos da má qualidade de sono são a sonolência excessiva ao longo do dia (SED), garganta seca, mau humor ao acordar, dores de cabeça pela manhã, perda de memória. A SED representa grande perigo, pois aumenta as chances de a pessoa se envolver em acidentes graves de trânsito e de trabalho. Com o passar do tempo, o sono fragmentado causa alterações metabólicas sérias que deixam a pessoa suscetível a doenças crônicas, como alterações cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2, queda da imunidade, impotência, câncer e derrame (AVC).
Estudos indicam que cerca de 40% da população brasileira ronca ou se queixa de qualidade de sono ruim. Por isso, é importante entender que os distúrbios do sono podem ter diversas causas e a situação pode se agravar se a pessoa fumar, beber e não se exercitar regularmente.
Outro fator relevante é o queixo pequeno ou posicionado para trás. Anatomicamente, ele deixa a passagem de ar mais estreita na região da garganta e favorece a ocorrência dos roncos e das apneias.
Tratamento
A forma mais aceita pelas pessoas são os aparelhos bucais que provocam um leve avanço no queixo e desobstruem a garganta, liberando a passagem do ar durante o sono, pois são fáceis de adaptar e transportar. Mas há também os exercícios fonoaudiológicos para tonificar a musculatura da garganta; o CPAP, que injeta ar pelo nariz por meio de máscara nasal; e as cirurgias ortognáticas, que deslocam a mandíbula para frente, e de correção e desobstrução de nariz.
"A reposição hormonal também pode ser indicada para as mulheres menopausadas. Existem também as medidas comportamentais, que tem por objetivo modificar hábitos inadequados com relação ao sono e que podem ser utilizadas em conjunto com qualquer tipo de tratamento, conhecidas por Higiene do Sono", explica o especialista.